Fausto Guedes Teixeira

Nascido em Lamego, a 11 de Outubro de 1871, filho de José Augusto  Guedes Teixeira, Visconde do mesmo nome, e de Leopoldina de Queiroz Guedes.
Desde criança que o Poeta revelou um fundo temperamental extremamente emotivo, centrado na figura de sua mãe, que tanto havia de influenciar a sua criação literária.

Em 1890 vai para Coimbra, com intenção de se formar em Direito. Apreciando mais a vida boémia do que as aulas dos mestres, apenas em 1898 completa o curso. A vida coimbrã, contudo, propicia-lhe o convívio com outros poetas como Augusto Gil e Eugénio de Castro. Cesário, Junqueiro, Victor Hugo e, sobretudo, Alfred de Musset, influenciam decisivamente a sua obra, moldando--a num lirismo romântico a que o erotismo, que está na raiz do seu temperamento passional, dá uma nota dominante.

Depois de uma vida atribulada de paixões, com passagens pelo Brasil e Moçambique, acaba os seus dias em retiro de asceta, na sua cidade natal, na companhia da sua “Nossa Senhora da Paciência”, como o Poeta costumava referir-se a sua esposa.

Guedes Teixeira foi bem o verdadeiro cantor dos anseios ardentes das gerações da última década do século XIX. Volúvel de coração, embriagando-se romanticamente em absinto, os seus poemas, cheios de emotividade, contagiam pela sinceridade e verbalismo do seu estro.
O “Poeta do Amor e da Paixão” morre, em Lamego, a 13 de Julho de 1940.

Principais obras:
Os Náufragos (1892); Livro d’Amor (1894); Mocidade Perdida (1896); Esperança Nossa (1899); Carta a um Poeta (1899); Saudades do Coração (1902); Alma Triste (1903); O Meu Livro (1908); Maria (1918); Sonetos de Amor (1922).